terça-feira, 27 de novembro de 2012

quem rouba é ladrão...

Há medidas que não conseguimos entender, por maior que seja o esforço que façamos. Há decisões económicas que qualquer mulher, gerindo  poucos euros no seu dia a dia consciente de que o parco salário tem de chegar até ao fim do mês, mesmo sem ter tido acesso a  nenhum curso de economia e finanças , jamais tomaria. Por isso, não dá para compreender as medidas de austeridade tomadas, encomendadas pela troika e a quem os gestores deste país obedecem sem questionar  mesmo levemente. 
As reformas não são, nem nunca foram subsídios. São simplesmente o retorno do dinheiro que mensalmente, ao longo dos anos, entregámos ao estado para que pudéssemos viver com dignidade os anos que nos restassem. Não são favores nem recompensas por favores políticos, não são valores jogados em bolsa ou arriscados em negócios pouco claros, não são retribuições por alguns anos ao serviço de mandatários políticos ou por uma presença acéfala na assembleia da república. São um direito ganho com o trabalho duro, ao longo de muitos anos, ( 35 pelo menos...)e mensalmente descontado nos nossos vencimentos (14 meses...)  O corte dos subsídios e das pensões de reforma de quem  sempre fez os seus "descontos" não pode ter outro nome senão o de ROUBO. E quem  deliberou esse corte não pode ser chamado de outra coisa senão o de "LADRÃO". Qualquer criança entende isso. Experimentem guardar-lhe o dinheiro de uma parte da semanada para que ela possa comprar  o livro dos Dinossauros que tanto deseja e , ao fim de 2 ou 3 meses, dizerem-lhe que, afinal, não tem o dinheiro que nos confiou para guardar. 
A criança não terá dúvida alguma em afirmar - " estás a roubar o meu dinheiro".
Não precisa de nada além do bom senso.

sábado, 3 de novembro de 2012

Não preciso do euro para me sentir europeia....

Tenho saudades do escudo. Nunca acreditei na Comunidade Europeia. O que tenho eu a ver com o povo sueco? E com o alemão? Nada. Com Espanha, apesar de ter sido educada a ouvir "de espanha nem bom vento, nem bom casamento", há alguma afinidade. Com Itália, também, talvez porque a maneira de estar dos italianos sempre me agradou. Com França, alguma, mas não muita porque sempre os achei de "nariz empinado" e quanto melhor os conheço, mais sinto o sentimento de superioridade que os domina. Com a Grã-Bretanha a afinidade é nula, embora Londres seja, sem dúvida, a capital europeia de que mais gosto. Se alguma vez tivesse sido questionada sobre  a integração na comunidade europeia, a minha resposta teria sido convictamente NÃO.
Geograficamente , sempre pertencemos ao Continente Europeu, portanto somos Europeus de pleno direito, mas antes de Europeus somos Ibéricos, também porque nos situamos na Península Ibérica. A integração na Comunidade mais não era que a integração no Euro, moeda artificial, que não foi criada por decisão dos povos do continente europeu mas pelo poder económico e financeiro. Não foi o Euro que nos fez sentir-nos mais europeus, isso já o  éramos e sempre o fomos devido à nossa situação geográfica. E a moeda, por si só, não nos leva a mais identificação com outros povos. O que nos identifica com outros povos é a cultura de cada povo, a maneira de estar e ser, a cidadania . E os povos do sul da Europa nada têm a ver com os povos do Norte.
É preciso austeridade, pois que seja mas para que o Escudo regresse e não para que os banqueiros e economias do euro cresçam à nossa custa.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Não somos a Islândia, infelizmente...

Refundação? Fundar outra vez? Afundar? Aprofundar? De que fala Passos Coelho? Claro que , cruzando as palavras do Gaspar sobre as "funções do estado social",  com as miseráveis propostas do Mota Soares, com as refinadas medidas do Crato e outras que tais, é óbvio que ao falar de "refundação", este governo mais não quer dizer que " acabar com os serviços públicos de educação, saúde, de segurança social".
Passos Coelho não é o ignorante que alguns pretendem nem tem a falta de preparação que outros lhe apontam. Passos Coelho é um refinadíssimo  defensor do poder financeiro a quem se submete por interesses egoístas e gananciosos, servindo-se de um indivíduo corrupto e execrável chamado Relvas . São os chamados "chico-espertos" da política como já tivemos os "chico-espertos" da construção civil e que só sobrevivem porque o povo português lhes deu essa opotunidade e voltará a dar em próximas eleições, por muito avisado que esteja. O povo português não é o povo islandês. Tenho pena...
 

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

já só lá vamos, com violência...

As palavras não bastam para exprimir a revolta e indignação perante a ignorância e indiferença dos governantes deste país. Nunca vi tanta ignorância junta. Qualquer ser pensante compreende que "sem ovos, não se fazem omeletas"... Não é preciso nenhum curso em economia para compreender que não há desenvolvimento económico sem procura e não há procura sem dinheiro. Claro que, se os ordenados descem , não só o consumo diminui tal como as receitas fiscais. Até o meu neto mais novo percebe que se, em vez de lher dar um euro lhe der menos, já não pode comprar o "ovo kinder"... "Não chega, vó... ", diz ele com aquela vozita  infantil, doce , difícil de recusar...
Parece que, contas tão simples, o ministro gaspar não consegue fazer, apesar do "enorme" (muito gosta ele desta palavra...) investimento feito na sua formação...
Também é evidente, para uma pessoa normal, que se pedir 100 euros porque necessita para as suas despesas básicas, e tem de pagar para além do dinheiro pedido, 50 euros de juros, dificilmente os pagará se não tiver uma receita assegurada de , pelo menos, 200 euros ... básico, diria eu, sem necessidade de fazer complicados cursos e  estudar modelos diversos de crescimento...
Obviamente que, se o meu objectivo for "aniquilar " o outro, a receita é clara... roubar-lhe qualquer hipótese de crescer, exigir "impostos" e "juros" que sei não poderem ser pagos. Esta é a vontade e desejo dos governantes actuais, digam o que disserem, justifiquem como lhes apetecer. Eles querem uma "multidão enorme" de escravos , que trabalhem por uma tijela de sopa... Eu só já quero que os "escravos" se revoltem...mas uma revolução a sério... pode até não ter "cravos", mas haja "cabeças" a "enfeitar" os candeeiros" da Avenida da Liberdade...A seguir este caminho, lá chegaremos...

sábado, 15 de setembro de 2012

Também estive lá...

 
 
 
 
 
 
Posted by Picasa
Há muitos anos que não via uma manifestação tão grande e bonita por todo este País. Infelizmente por razões que jamais teriam lugar, se não tivessem votado neles.
Caldas da Rainha,

quarta-feira, 25 de julho de 2012

e assim vai a saúde neste país!!! pague ou sofra...

Há cerca de 2 semanas, deixei de conseguir erguer o braço esquerdo, enquanto uma dor intensa tomava conta do meu ombro esquerdo. Comecei por pensar o que é costume... devia ter dormido sobre o braço... Vã ilusão. A dor continuava e aumentava... 
Como pertenço ao grupo dos portugueses "sem médico de família", telefonei ao médico que há anos me acompanha. Azar dos azares... estava fora. Na clínica sugeriram-me, depois de explicar como me sentia, que fosse á consulta de ortopedia, já que a médica ia lá estar dentro de 2 horas... Como as dores não me queriam abandonar o ombro e "conduzir" o carro estava cada vez mais difícil, aproveitei uma boléia do marido e lá fui à consulta... tendinite no ombro esquerdo e tudo indicava que o problema não ficava por aí.
Uns anti-inflamatórios e exames - ecografia ao ombro e electromialgia ao pulso esquerdo . Claro que estes exames teriam de ser feitos já. E foram. Confirmou-se o diagnóstico e mais grave do que se pensara - compressão do nervo mediano  na mão esquerda. Solução? possivelmente só uma cirurgia resolverá de vez o problema... bem, mas por que raios hei-de estar para aqui a contar estas coisas?
 por uma razão muito simples... entre consulta e exames paguei no serviço privado 70+40+85 euros, sem contabilizar transportes... Quanto á cirurgia, vou reflectir... para já o braço em repouso....
E uma constatação - só pude aliviar as dores porque pude ir ao serviço privado. Mas até quando conseguirei recorrer a estes serviços? E os homens e mulheres que não têm qualquer possibilidade de pagar esses serviços?

sexta-feira, 29 de junho de 2012

vi, ouvi... não posso ignorar...

Há muito tempo que não venho aqui. Não, por falta de acontecimentos neste triste país mas essencialmente por sentir  não ser capaz de mostrar , com palavras, a revolta que me domina e que , acredito já, só acalmará quando a violência irromper neste país amorfo. 
As medidas que vêm sendo tomadas na Educação, na Saúde, na Justiça revelam uma obediência servil aos mandatários do capital. Ao circular pelas ruas de várias localidades só vejo lojas fechadas e já nem sequer as lojas chinesas ocupam esses locais. Nos supermercados vejo cada vez menos gente e já assisti, por algumas vezes, a mulheres e homens deixarem algumas compras na caixa, por falta de dinheiro. Num talho de um Intermarché, uma casal ainda jovem  que tinha pedido carne picada ao talhante, especificou , depois de abrirem o porta.moedas, que só queriam 4 euros.. Eu não disse uma única palavra mas o olhar que o funcionário me dirigiu foi tão significativo como as palavras que disse, depois de os atender - " noutro dia, pediram-me só até 2 euros..." . 
Numa farmácia, uma senhora, reformada, pediu à farmacêutica para "só aviar da receita ( que tinha consigo), os comprimidos do coração " que , mais tarde, " vinha aviar o resto"... 
Estes e outros episódios que já não via  há muitos anos,e agora são tão frequentes, despertam em mim uma revolta que nem sabia existir.
 Até quando este povo vai aguentar ?

- Co'a Direita no Poder

segunda-feira, 19 de março de 2012

já não há palavras...

Sinceramente, já nem sei que  palavras posso utilizar para expressar a minha indignação / revolta pela situação a que chegou este País...Já não há palavras suficentes... começo a acreditar que só a violência poderá solucionar algo, embora sempre tenha defendido que a violência não é solução para nada. este é o paradoxo com que me venho debatendo nos últimos tempos.
Confesso que não lamentaria absolutamente nada se alguns dos nossos governantes e afins  "fossem desta para melhor"...
Nunca vi um País tão triste como agora, apesar do sol... Raio os partam a Todos...

terça-feira, 6 de março de 2012

gasparzito ou o outro?

Não sei bem por que motivo, mas , na verdade, o gasparzito faz.me recordar o ministro da finanças de Santa Comba...finanças, austeridade, poder ...

sexta-feira, 2 de março de 2012

E se a moda pega?

O desemprego preocupa o "Mandatário da sra Merkel", diz ele em Bruxelas... Aqui, neste rectângulo , impõe medidas que aceleram esse mesmo desemprego... na Grécia, um trabalhador desempregado atirou num dos sócios da empresa que o lançou numa vida sem trabalho e sem dinheiro... (AQUI) Uma nova forma de violência? não, uma luta violenta pelos seus direitos ao trabalho. Esperemos que a moda pegue... 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

memória de um greve de transporte...

Hoje houve greve dos transportes com números para todos os gostos, A mim não me afectou nada, mas tenho saudades das lutas que travei, Recordo um greve de tranportes muito original e que muito nos agradou a nós,utentes,,, ninguém cobrava bilhetes... e assim lá fomos de torres vedras para lisboa, sem pagar,
Em Lisboa, andei de um lado para o outro, sem bilhetes, mas sempre com um sorriso, A greve era a última das armas de luta mas vivíamo-la com alegria, com solidariedade, Travaram.-se então as batalhas pelo pleno direito ao trabalho, por garantia de trabalho,,,, e de horários ,,, Foram muitas as conquistas que neste momento estão em  vias de serem usurpadas,,, E há momentos em que o diálogo não resulta, há mudanças que não podem  ocorrer sem violência, não tenhamos dúvidas...

sábado, 28 de janeiro de 2012

Fora do Euro, já...

E os alemães insistem em serem os senhores da Europa... já nem disfarçam a sua ambição de dominadores que   Hitler personificou. A minha esperança é que sejam os Gregos a sair do euro...e quanto mais depressa, melhor... 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

farta de comentadores...

Só me apetece sair daqui , não ouvir a palavra "crise" nem as receitas de "miséria" que os economistas de serviço recomendam e os "comentadores" repetem, com ar pungente como se todos fôssemos burros e incapazes de tirar conclusões a partir da informação de que dispomos.
Amanhã continuo...

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Não há vergonha...

A vergonha abandonou de vez a classe política do País. Um presidente que não respeita minimamente os cidadãos, que pretende ser de uma honestidade que não lhe pode ser reconhecida; uma censura que , cada vez mais descaradamente, se vai impondo na comunicação social por sua vez,  subordinada ao poder político , comandado este, sem qualquer pejo, pelo donos do dinheiro.
Viver neste País está a tornar-se extremamente difícil. Que fazer?