terça-feira, 27 de novembro de 2012

quem rouba é ladrão...

Há medidas que não conseguimos entender, por maior que seja o esforço que façamos. Há decisões económicas que qualquer mulher, gerindo  poucos euros no seu dia a dia consciente de que o parco salário tem de chegar até ao fim do mês, mesmo sem ter tido acesso a  nenhum curso de economia e finanças , jamais tomaria. Por isso, não dá para compreender as medidas de austeridade tomadas, encomendadas pela troika e a quem os gestores deste país obedecem sem questionar  mesmo levemente. 
As reformas não são, nem nunca foram subsídios. São simplesmente o retorno do dinheiro que mensalmente, ao longo dos anos, entregámos ao estado para que pudéssemos viver com dignidade os anos que nos restassem. Não são favores nem recompensas por favores políticos, não são valores jogados em bolsa ou arriscados em negócios pouco claros, não são retribuições por alguns anos ao serviço de mandatários políticos ou por uma presença acéfala na assembleia da república. São um direito ganho com o trabalho duro, ao longo de muitos anos, ( 35 pelo menos...)e mensalmente descontado nos nossos vencimentos (14 meses...)  O corte dos subsídios e das pensões de reforma de quem  sempre fez os seus "descontos" não pode ter outro nome senão o de ROUBO. E quem  deliberou esse corte não pode ser chamado de outra coisa senão o de "LADRÃO". Qualquer criança entende isso. Experimentem guardar-lhe o dinheiro de uma parte da semanada para que ela possa comprar  o livro dos Dinossauros que tanto deseja e , ao fim de 2 ou 3 meses, dizerem-lhe que, afinal, não tem o dinheiro que nos confiou para guardar. 
A criança não terá dúvida alguma em afirmar - " estás a roubar o meu dinheiro".
Não precisa de nada além do bom senso.

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