sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Reflexão da manhã de terça-feira

Ninguém tem o direito de privar uma criança do amor dos avós.
Só um egoísmo com laivos doentios pode explicar que um homem ou uma mulher, pai ou mãe, tanto faz, roubem aos seus filhos a convivência com os mais velhos da família. Nada pode justificar tal atitude a não ser que a falta de carácter dos mesmos se materialize em maus tratos à criança.
Quando tal não se verifica, só uma mente distorcida pelo ódio utiliza um ser humano , que precisa de todo o afecto possível para um crescimento harmonioso, como se fosse um bem material. Uma criança não é, nem pode ser jamais moeda de troca para satisfação do ego de cada um ou para branquear atitudes .
Infelizmente , este comportamento continua muito frequente. Pais que impedem os filhos de um convívio harmonioso com as mães . Mães que procuram , de todos os modos possíveis , evitar o convívio com os pais . Pais que privam os filhos de conviver naturalmente com avós.
E todos o fazem , argumentando com o bem das crianças, escamoteando a real motivação de tal atitude - o egoísmo que os domina , o prazer sentido ao pensar no que a outra parte pode sofrer .
E de nada valem as leis existentes, por muito louvável que seja a intenção ! Que afecto espontâneo, que convívio harmonioso pode crescer em tempos e horários estabelecidos por um juiz?
Uma criança não faz descobertas em horários pré - estabelecidos... não diz as primeiras palavras em dias e horas marcadas ... não dá os primeiros passos quando o adulto quer ou deseja ou o juiz marcou o tempo de cada um .
A criança cresce. Torna - se adulto. Reflecte. E se nem mesmo um ambiente familiar de afecto é garantia de uma idade adulta equilibrada, confortável, plena de sonhos e certezas, podemos sempre pensar no que um ambiente de desconfiança, de segredos, de palavras mais ou menos agressivas, de suspeitas permanentes pode contribuir para o crescimento da criança!
Há reflexões que só se conseguem fazer muito tarde ! E as crianças crescem ! E os adultos que imaginávamos tão felizes, quando os víamos crescer sorridentes e felizes na sua infância, tornaram- se homens e mulheres que não conhecemos !



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